mardi 3 septembre 2013

Querido Patrulheiro, Maldito Jardineiro...

02 de Setembro + 1

“Acredito que aos 19 a pessoa tem o direito de ser arrogante; geralmente o tempo ainda não começou suas furtivas e infames subtrações. ...

Demorei pra me lembrar de que já conhecia esse texto d'A Torre Negra. O Stephen King é ótimo (salvo certas bizarrices), mas, de início, poderia muito bem ser autoria sua, e muita coisa poderia muito bem ser dita pra mim - a começar pelo número.

"O Patrulheiro mesquinho acaba mais cedo ou mais tarde podando você"
O tempo vai nos desapaixonando aos poucos... Vamos nos homogeneizando, nos assumindo como apenas mais um. Será que precisa ser assim? Eu queria que a face cada vez mais borrada e ensombrecida no espelho me respondesse ao invés de se mostrar cada vez mais apagada. Mas é isso que ele faz, não é? O Patrulheiro e o Tempo: nos podam, nos levam a força de explosão, nos pressionam, diminuem, apagam. Nos fazem grãos de areia.
Sim, nós somos grãos de areia. Somos menos. Átomos de hidrogênio flutuantes, é como ele diz. Mas e daí? Por que, então, não nos definirmos - no mínimo? Sem
UM, O grão de areia, que seja, mas O.
De qualquer modo, é meio inútil, querer ser definido perde o sentido quando começamos a nos definir.
"Tudo o que é sólido se desmancha no ar". O não sólido também. Os sonhos, o Gaiman diz, e o bater do coração.

Obrigada, Marcela, pelo texto e por tudo. Me fez voltar a pensar, e isso é sempre bom. E obrigada por ser também um pedacinho de poesia, que tenta ser mais que um grão de areia - que seja um ponto final ou um pingo no I, e que seja em forma de coração!, haha, assim a gente aglutina, divide, aumenta, e a poesia prevalece.
Enquanto ela viver, como a Torre, ela nos mostrará para onde rumar. (:

Acho que agora já sabe meu pedido. Mesmo assim não o direi, pra ele se realizar.


fffuuuu!

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