dimanche 10 novembre 2013

"As untouched,

...snow turns red,
innocence dies."                                                          (Feint, Epica)

[Outubro.2011]

Menina Branca de Neve,
Por que essa dor no olhar?
Mefisto não se despede,
Não deverias ainda esperar.
A fantasia que contigo esteve,
A epifania de um momento breve,
São coisas que ele faz para brincar.
Menina branca, vê se despe a neve,
Que tu não podes mais que congelar.

[...]

E tu te cercas de pranto orvalhado,
E tu te exaures no sangue chorado,
Agora acerca-te do parapeito,
Pr'arremessar-se não precisa jeito.
Que se de nada te serve a altura,
Se já as águias não te vêm buscar,
Ouse ao menos nessa aventura e,
Quem sabe, morras sabendo voar.


26.Ago.2013

O poema mais longo que já consegui, quem sabe um dia me desapegue e o poste todo.

4 commentaires:

  1. A palavra perfeição ainda não se encaixa para descrever esse poema. Adorei, sério. Identifiquei com cada palavra em especial as últimas.

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  2. Eu quero ele inteiro agora. Já falei que pra gostar de poema tem que ser seu basicamente haha.

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  3. Conheço alguém cujos olhos ardem
    Olhos esses temerosos de amor e remorso
    Vagantes, alheios, ardem.
    Ardem o mistério da incerteza da realidade
    Rogados, e sem sabê-los assim ditos.
    Denegridos, gritados e sem voz.
    Esquecidos, pois, que ao destino só nos resta isso.

    Longitude apaziguada pelo cansaço
    Imersões de imensos oceanos já antigos
    Beleza castigada pelo tempo
    Espera em demasia, já opaca
    Reloca-se, remonta-se, morre
    Do mais, nesse sono, aguarda
    Aguarda a vinda do novo surto
    Desfigurando a própria morte
    Equilibrando a própria dor

    Nada já é tranquilo
    Ainda que um dia fora
    O ‘demais’ já padece sem peso

    Enxuga o úmido, tranquiliza-se.
    Xinga, rompe, rói.
    Indigna o intocável
    Sabendo, todo o sempre
    Tempo já é longo
    E um dia a onda volta.

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  4. Marô, me manda por e-mail o restante. Pedido de leitor...rs..Abraço.

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