samedi 9 avril 2011

Illusive Hopes


  E, no fim das contas, toda a nossa sobrevivência se baseia em uma única palavra: Imaginacão. É ela o alimento de nossa esperanca; é ela a roda de nossos sonhos. Imaginar as coisas como poderiam ser - ou ter sido - é o passatempo preferido de qualquer pessoa, quer ela saiba disso ou não. Imaginar um lugar, uma pessoa, uma conquista ou um conjunto de tudo isso. Imaginar um momento, um movimento, um som, um olhar. São essas imagens que criamos para nós que nos movem, que fazem com que o coracão em nosso peito salte e com que nós comecemos a sorrir no escuro. São também essas idéias que nos faz cerrar os dentes e chorar olhando para a linha do horizonte.
Por vezes essas cenas tomam conta de nós, passamos a vê-las sem querer, sem esperar por elas. Outras vezes você escolhe retornar a elas diariamente, repensando, mudando, acelerando ou desistindo antes de concluí-la; pois assim pode assistir aos seus desejos mais secretos se realizando todos os dias. Você se arrepia vivenciando seus maiores medos. Você refaz aquela viagem, sente o calor daquelas mãos, ouve de novo aquela risada contagiante cujo eco há tanto tempo se perdeu... Pode ser que você se despeca de alguem novamente, ou retorne àquela briga, passe de novo por aquele mesmo desafio, apenas para poder se ver agindo de outra forma, como se imaginar aquilo pudesse mudar seu passado e consertar tudo aquilo que de alguma forma o feriu. A imaginacão nos faz esperar que as coisas mudem.
Talvez imaginar certas coisas plante uma porcão de medo e receio em nossas mentes. Mas, independente do que nossa razão diga - ou grite -, não é a lógica que nos faz correr atrás, quem semeia sonhos nos locais mais improváveis. Pois é a imaginacão quem faz o coracão se agitar e o impulsiona a arriscar tudo, a fechar o medo num cômodo escuro e esquecê-lo lá.
E se o filho mais novo da Imaginacão é o Medo... Digo que sua filha mais velha é a Esperanca, aquela que, um dia, dara à luz o Sonho.


"You never thought how far
You imagination could fly"
(PS: Estou sem cedilha)

1 commentaire:

  1. Essa frase final foi animal demais...E se o filho mais novo da Imaginacão é o Medo... Digo que sua filha mais velha é a Esperanca, aquela que, um dia, dara à luz o Sonho.

    Finalização perfeita.
    É com certeza o medo ou a sensação de derrota que muitas vezes vem com a imaginação. Sensação de derrota que nos faz literalmente parar de andar muitas vezes que nos lembramos. Aquela palavra estúpida ou a falta de ação. Mas é nessa imaginação, nessa memória, na mudança em nossa mente que fazemos, do que teríamos feito naquela hora, é aí que mudamos e aprendemos, que nos movemos para fazer algo novo, diferente, e transformar sonho e imaginação em realidade. Acho que essa é parte da esperança, e é com certeza a única parte divertida desse jogo todo.

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