Noutro doze de junho com amor e sem par
O badalo dos sinos pára aos dezesseis
Pr'essa mesa vazia não ouvi chamar
O café desta tarde eu não vi quem fez
Nas ruas as vitrines vejo cintilar
Da florista os botões eu recuso, cortês
Falta o gosto de tudo no meu paladar
E os papeis de batom são os meus dessa vez
Põe com esmero a mesa, não a deixa nua,
Quando dos seus cafés d'outro lado das serras,
E escuta-me a voz como escuto eu a sua.
E que o peso e a saudade de andar nessa terra
Entre braços em laço a gente diminua.
E, aqui, nesse abraço, a poesia se encerra.
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.12.06.2017.
Fellz uma vida inteira.
E que doze versinhos tortos bastem
Pra dizer todo o resto.
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