Há dois modos de matar: abandonando ou levando em frente. Ao fim das contas, tanto faz: as coisas fenecem de qualquer forma.
Por vezes, flores nascem. Um botão cor de pérola. E os olhos se tentam a pegá-lo e apertá-lo contra o peito. Observá-lo até que os preencham, para, então, guardá-lo, numa caixa, a sete chaves. Sete vezes sete. Vezes sete outra vez. Na certeza de tê-lo para sempre, mantido sempre perto, ao alcance a todo momento.
No entanto, uma vez tirada do pé, a planta é perdida. Descolore e murcha. E assim vai, despetalando-se. Não vão querer suportar o peso disso. Roubar a algo tão delicado a vitalidade... Acaba-se, pois, deixando-a ali. Afinal, se não se a toca, ninguém leva a culpa.
Sim, morre também na terra, mas dura, e exibe sua beleza por mais tempo... É essa a lógica. As mãos que se estendem são logo recolhidas, antes de sentirem o perigoso toque aveludado das pétalas. Já sabem: tocando-a não resistem, arrancam-na. E, não, não se pode ferir tamanha beleza.
Morrendo a flor de toda maneira, melhor mesmo fazer nada.
Deixar como está.
Esperar para ver.
Ela murcha, não importa
No entanto, uma vez tirada do pé, a planta é perdida. Descolore e murcha. E assim vai, despetalando-se. Não vão querer suportar o peso disso. Roubar a algo tão delicado a vitalidade... Acaba-se, pois, deixando-a ali. Afinal, se não se a toca, ninguém leva a culpa.
Sim, morre também na terra, mas dura, e exibe sua beleza por mais tempo... É essa a lógica. As mãos que se estendem são logo recolhidas, antes de sentirem o perigoso toque aveludado das pétalas. Já sabem: tocando-a não resistem, arrancam-na. E, não, não se pode ferir tamanha beleza.
Morrendo a flor de toda maneira, melhor mesmo fazer nada.
Deixar como está.
Esperar para ver.
Ela murcha, não importa
Se colhê-la para guardar, morre-lhe nas mãos.
Se deixá-la como está, morre então no pé.
Fique então.
A colheita traz a morte para esperar-lhe sobre a mesa, envolta em vaso cristal. Na abstenção, no entanto, a morte... ah. O jardineiro vai embora, seguindo pela estrada para - dentro de sua mente - vê-la para sempre. Não saberá se murchar. No entanto, se limitará, se condenará a jamais retornar. Ou pagaria o preço com sua ilusão.
A colheita traz a morte para esperar-lhe sobre a mesa, envolta em vaso cristal. Na abstenção, no entanto, a morte... ah. O jardineiro vai embora, seguindo pela estrada para - dentro de sua mente - vê-la para sempre. Não saberá se murchar. No entanto, se limitará, se condenará a jamais retornar. Ou pagaria o preço com sua ilusão.
Matando-a, lágrimas de culpa.
Deixando-a, lágrimas de saudade.
Mas sua vida eterna, você sabe... É mentira.
"Flores são flores
RépondreSupprimerVivas num jardim
Pessoas não são boas
Já nascem assim
Flores são flores
Colhidas sem dó
Por alguém que ama
E não quer ficar só..."
Cazuza
Porque as Rosas tem espinhos? rs
RépondreSupprimerTão ingênuas... Tão frágeis... Mas capazes de machucar o mais sincero dos corações...
Uma vez... não se sabe porque, nem de onde, caiu uma semente em um planeta bem pequenininho ... Ela cresceu, alguem cuidou para q ela crescesse e se tornou uma linda flor... Mesmo nunca tendo sido arrancada talvez ela tenha morrido mais cedo do que gostaria... e como uma tola...
Talvez ela tenha visto uma ou duas borboletas... As flores são tão complicadas rs... Orgulhosas :x ...
Ela não morreu em um vaso em cima de uma mesa, nem na memória de um jardineiro...
Ela não foi abandonada... Só era jovem demais para ser amada...
Sempre me surpreendendo!!!
RépondreSupprimerNo final é isso aí.
RépondreSupprimer