vendredi 23 septembre 2011

A CASA

Apesar de parecer o contrário, elas eram amigas. Eram uma só. A Casa e sua Refém.
Bem no princípio, uma criou a outra. E se criavam desde então. Eram lados opostos da mesma moeda. Elas se compreendiam e protegiam.
No entanto - criaram dependência mútua.
E isso começou a matá-las. A matá-la.
Lentamente.

They've said her to call. But she's been screaming to death...

(Continua...)
(Ou eu ao menos pretendo.)

vendredi 9 septembre 2011

Sobre a Efemeridade

Há coisas que nascem para morrer. Já parou para pensar nisso? Oh. Claro que não. Você nunca pensa nisso, não é, querido? Hoje em dia as coisas todas já tem prazo de validade, antes mesmo de começarem. Mas você nem sabe o que é o tempo. E eu prefiro assim...
Tudo bem, tudo acaba. Já não sou tão ingênua. Eu sei como é. Mas aprendi que as coisas duram cada vez menos. Não que naquele tempo não houvesse finais. Finais sempre os houve. Mas eles não eram tantos. E nem tão rápidos.
Naquela época, um único dia durava tantos dias que cada instante era infinito.
Em minha cabeca eu enxergo uma casinha de madeira. Uma varanda. E uma mulher de azul.
Tudo tão tranquilo.
As coisas iam, vinham, seguiam seu fluxo. Nem lamentavam...
Nada é para sempre. Nada é assim tão real ou inquebrável. Tudo o que se pode fazer é chorar. Mas lágrimas são táo úteis em almas despedaçadas e sonhos ruídos quanto superbonder...
E, no entanto, bem, não importa. Dois dias ou dois anos.
O Tempo passa. Sempre passa.
O Tempo acaba. O tempo... sempre... acaba... sempre...
E arrasta tudo consigo.
Tudo.

vendredi 2 septembre 2011

O Efeito Borboleta

Um tributo ao Mestre, entre outras coisas...
         




  Fins de Junho - ou início de Julho. 12 anos. Naquela época era ainda mais tímida e calada. Saiu da cozinha, dirigindo-se silenciosamente ao quarto. No entanto, ao passar pela sala, algo a fez parar. Um rapaz todo de preto, pouco mais alto que ela mesma, cabelos muito lisos e já um tanto compridos. Ele estava de pé, imóvel, ao lado daquela mesa brilhante que algum dia lhe pareceu tão grande. Mas não foi ele que a fez parar, e sim o que ele tinha em mãos - ou melhor, sobre a mesa. Os olhos da menina cintilavam e iam lentamente do rosto do jovem para um enorme livro de capa escura. Nele ela medira uns bons centímetros de altura e um peso considerável. Aliás, isso ela apenas supôs. Não ousou tocá-lo.           
          Então, a garotinha, de pés descalços no piso frio apesar da estação gelada, e um pijama muito curto de quem crescera demais em tempo de menos, se aproxima devagar. Com indagações saltando-lhe da garganta e curiosidade dos olhos, sua mente buscava explicações antes que o rapaz lhe esclarecesse a origem daquele livro tão fascinante. A uma distância ela observava-o folhear algumas páginas. Mapas, diagramas, símbolos estranhos. Algo a atraía. Uma voz falava em sua cabeça. Era encantador. Hipnotizante.
Depois de refletir por alguns momentos, hesitante, ela o encara timidamente.
        - O livro... O seu amigo... Será que eu posso ler?

''.'..'...''...'..'.''



    Há exatos 38 anos, um dos maiores escritores deixa a terra de Aman, para viver eternamente em Valinor, ou - quem sabe - na própria Valmar. Mas talvez, tenha tido apenas o destino desconhecido que têm os hobbits. De qualquer forma, não farei textos ou biografias. Só expresso aqui a grande admiração que tenho a John Ronald Reuel Tolkien, que é também meu ídolo e escritor favorito.
Mesmo um tanto "criança", já naquela época me apaixonei por sua obra desde a primeira página. E desde então, minha visão dos livros nunca foi a mesma. Além de tudo, há mais por trás das histórias do que possamos prever. Há mais envolvido em cada ato do que jamais poderemos imaginar. Como o bater de asas daquela tal borboleta...
           Mas não foi isso o que me propus a dizer.
           A Tolkien, eterna admiração.
Anar Kaluva Tielyanna.
Namarië.